Por que Cesaro não deu certo?
Desde 2012 no roster principal da WWE, Cesaro já foi seis vezes campeão de duplas e uma vez campeão norte-americano. Seu único momento de destaque na WrestleMania, foi quando conquistou a Andre the Giant Battle Royal, em 2014. Atualmente, o “Superman Suiço” está em uma stable com Sami Zayn e Shinsuke Nakamura, no Smackdown, onde ele é apenas um capanga. Algo pequeno para um lutador tão talentoso.
Prestes a fazer 40 anos neste ano, as chances de Cesaro receber um push são ínfimas. Ao que tudo indica, o que prejudicou o ex-integrante do The Bar foram as lesões graves e a falta de uma gimmick forte. Mesmo sendo um dos melhores lutadores em ringue do roster principal, devemos reconhecer que a sua mic-skill é fraca. Para quem estiver lendo esse texto, desafio a colocar nos comentários 3 promos marcantes ou um “bordão” do suiço. Existem lutadores que são limitados no microfone, como é o caso do Roman Reigns. Porém, as catchphrases salvam o samoano. Não tem como esquecer do “The is my Yard now” ou do “I’m not a bad guy, I’m not a good guy! I’m the guy!”. Frases marcantes que ajudaram a alavancar o lutador na venda de camisas e produtos oficiais da empresa, deixando-o mais popular com o público mainstream.
Além disso, a ausência de uma theme-song marcante também prejudica o lutador. Sinceramente, as músicas instrumentais de Cesaro, Bobby Lashley e Ricochet não chamam tanta atenção como as canções de Triple H, Batista e Edge. Se pegarmos as entradas antigas e compararmos com as de atualmente, a nova geração passará vergonha. Sendo assim, a WWE precisa voltar a investir urgente nesse aspecto, pois é o principal componente da gimmick de um superstar. Recentemente, após separar-se de Sheamus e seguir em carreira solo, Cesaro mudou de theme-song. Porém, continua sendo algo que não chama atenção. De sirene de corpo de bombeiros, tornou-se algo voltado para uma trilha sonora de um filme de guerra ou confronto medieval.
Infelizmente, no roster principal da WWE, ser talentoso em ringue não é o bastante. É preciso saber vender e entreter o público. Vejo que os dois lados tem culpa na história, pois a companhia poderia ter criado uma gimmick melhor para o superstar. Nesses 8 anos, a única coisa interessante inventada pela companhia foi a “Cesaro Section”. Algo insignificante para quem deseja apostar em um lutador a longo prazo. Somando-se a isso, o “Canivete Suíço” também poderia ter estudado o seu ponto negativo ao longo dos anos. Por ser fluente em inglês, acredito que não seria preciso um Manager para auxilia-lo. Isso é algo que o lutador poderia ter resolvido sozinho com o devido esforço e treinamento. Afinal, é o mínimo que qualquer profissional tenha que fazer para evoluir em seu ambiente de trabalho.
Para o seu futuro, o melhor caminho seria a volta para o NXT. Na minha opinião, Cesaro tem o rosto da brand amarela. Por não ser um público mainstream, o experiente lutador de 39 anos poderia se firmar como um dos principais superstars de lá. Eu não sei vocês, mas o meu sonho se tornaria realidade se eu pudesse ve-lo lutando contra Johnny Gargano, Tomasso Ciampa ou Adam Cole pelo NXT Championship em um Takeover da vida.
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