Investidores da WWE entram com ação judicial devido à fusão com UFC

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Investidores da WWE estão contestando a fusão da empresa com o UFC, alegando que o ex-presidente da WWE, Vince McMahon, ignorou outras ofertas para aceitar uma que lhe permitiria retornar ao poder na WWE, apesar das alegações de má conduta sexual feitas contra ele antes da venda da empresa. De acordo com o The Hollywood Reporter, que citou documentos de um tribunal de Delaware em 22 de novembro de 2023, McMahon promoveu uma “venda rápida” de sua empresa para Ari Emanuel, que os documentos afirmam ser um “amigo próximo e aliado de longa data” do ex-presidente da WWE.

A queixa nomeia McMahon, Nick Khan e Paul “Triple H” Levesque, entre outros, no processo, que alega violação de contrato e busca representar todos os acionistas que venderam suas ações na fusão do UFC e WWE. Segundo o processo, Emanuel propôs um “acordo vantajoso” que permitiu a McMahon permanecer como presidente executivo do Grupo TKO e “evitar escrutínio em conexão com alegações de má conduta sexual que poderiam tê-lo afastado da empresa”. Na queixa apresentada pelos investidores, membros do conselho da WWE “inventaram um processo de venda vergonhoso” projetado para favorecer a Endeavor e excluir qualquer outro licitante que quisesse afastar McMahon da WWE. Duas outras ofertas com melhores termos financeiros teriam sido ignoradas, e McMahon e outros que o apoiavam no conselho “cronometraram negociações” para favorecer o acordo com a Endeavor.

A queixa também detalhou o mandato tumultuado de McMahon na WWE, que o viu se afastar em julho de 2022 em meio às alegações de má conduta, apenas para retornar à empresa em janeiro de 2023, supostamente para ajudar a facilitar a venda da empresa. Os investidores no processo alegam que McMahon imediatamente recorreu a Emanuel, que ele “sabia que permitiria que ele permanecesse no comando” da empresa fusionada. Os investidores afirmam que tanto o preço quanto o processo foram injustos, alegando que havia melhores ofertas para a empresa na mesa.

O processo argumenta que o preço de US$ 21 bilhões subvaloriza a empresa de McMahon, “muito abaixo das ofertas” que o conselho poderia ter obtido de outros licitantes, e que “a WWE garantiu apenas um orçamento para o ano fiscal atual do UFC, em vez de insistir em um conjunto completo de projeções plurianuais, como é costume”.

A WWE não respondeu ao The Hollywood Reporter.